A IMPOSSIBILIDADE DE ESTAR SÓ MESMO SENDO UM
Resumo
A era moderna foi a grande responsável pela aproximação das pessoas, como também pela solidão das mesmas. De modo geral, na internet e nas relações líquidas da atualidade, pode-se ouvir as pseudoverdades alheias sem dar ouvidos a si mesmo. Embora Hannah Arendt elucide com veemência que ações e acontecimentos públicos desenvolvam os homens, por meio do diálogo com outros seres políticos e plurais dotados de capacidade cognitiva, o propósito do trabalho consiste em refletir sobre como o uso demasiado das redes sociais fomentam o depauperamento do ser ao torná-lo passivo por medo da solidão. Na superficialidade moderna, observa-se a preocupante falta de sensibilidade à dor do outro e a devoção cega ao discurso falacioso. Nunca se ouviu tanto sem realmente escutar a si. Ressalta-se que é impossível estar inteiramente só quando se tem a própria companhia. Não querer estar só reforça um estoicismo extremo positivista e degenera o diálogo consigo mesmo, entendido como fomentador da formação do ser político.
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PDFReferências
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DOI: http://dx.doi.org/10.52641/cadcaj.v6i1.457
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