DEUSES NA ENCRUZILHADA: hibridismo religioso em Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves e The bondwoman’s narrative, de Hannah Crafts

Jeane Virgínia Costa do Nascimento, Elio Ferreira de Souza

Resumo


Um defeito de cor (2006) e The bondwoman’s narrative (2002) são o corpus desse estudo. Ambas foram ambientadas no contexto da escravidão, o primeiro no Brasil e, o último, nos Estados Unidos. Apresentam como protagonistas Kehinde/Luísa e Hannah experienciando entre-lugares, mencionando a ancestralidade nas vivências de suas tradições. O hibridismo manifesta-se pelos contatos entre senhores e escravizados, em que uma das consequências foi a ressignificação da religiosidade das identidades escravizadas. Para isso, definiu-se como objetivo desenvolver reflexões sobre o modo como as protagonistas ressignificaram suas identidades religiosas, diante dos vários contatos culturais ocorridos durante o período da escravidão. Kabengele Munanga (2015), Reginaldo Prandi (2001, 2015), W. E. B. Du Bois (1999) e Stefania Capone (2011) foram os referenciais teóricos desse estudo que foi feito por meio de levantamento bibliográfico. Espera-se que este estudo contribua para a compreensão das ressignificações das identidades religiosas do sujeito escravizado.

Palavras-chave


Cosmogonia; Entre-lugar; Hibridismo.

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DOI: http://dx.doi.org/10.52641/cadcaj.v3i2.213

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