A prática da escrita: ritmo e sentido

Nathália Maria Lopes Dias

Resumo


Sabe-se que práticas educativas concernentes ao ensino de língua materna são importantes para o desenvolvimento do desempenho comunicativo nas práticas sociais. O universo da escrita ainda figura tema de relevantes discussões no cenário educacional brasileiro, especialmente quando posto em comparação ao universo da oralidade. A evolução da língua é fato notório. Dessa forma, é natural que práticas educativas relacionadas a ela também o sejam. É fato ainda que o caráter dinâmico das aulas e a flexibilidade inerente ao processo de ensino e aprendizagem endossam a necessidade de práticas educativas que minimizem o hiato que há, muitas vezes, entre o que já se sabe e as novas experiências ocorridas no ambiente escolar. Outro aspecto que merece atenção é o ritmo da escrita bem como os elementos subjacentes à produção de sentido na dialogicidade peculiares à produção e à recepção do texto. Neste artigo, o que se têm são apontamentos que podem auxiliar no trabalho docente frente a questões inerentes à língua materna. Acredita-se que, à medida que surgirem reflexões acerca da língua, sejam no âmbito da sistematização, sejam no âmbito das múltiplas possibilidades de uso que ela encerra, novas perspectivas surgirão. Estas certamente suscitarão outras e provocarão a continuidade necessária ao ensino enquanto processo cotidianamente construído. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (doravante PCN) orientam que, no processo de produção de textos escritos, os alunos devem ser capazes de redigir, com desenvoltura, diferentes tipos de textos. E os sinais de pontuação configuram-se como importantes recursos linguísticos na organização e na produção de sentido textual. Embora a escolha de um ou outro sinal possa estar condicionada à intenção do produtor do texto, em determinadas circunstâncias, o emprego dos sinais de pontuação não varia. Assim, a escrita representa, nesse sentido, a imersão do sujeito nas suas experiências em sociedade também, por isso mesmo é tão importante que essa prática seja, sobretudo, reflexiva.E


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DOI: http://dx.doi.org/10.52641/cadcaj.v1i2.55

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