A IGREJA CATÓLICA E O GOLPE DE 1964

Possidônio Barbosa Ferreira Júnior

Resumo


A Igreja Católica, nos diversos momentos do Golpe perpetrado pelos militares em 1964, buscou defender a dignidade humana, por mais paradoxais que foram as suas iniciativas: seja diante do medo dos equívocos da infiltração do comunismo na nação brasileira, seja diante da coragem ao encarar as atrocidades praticadas pelos militares contra leigos, clérigos, organizações civis e a sociedade em geral. A Igreja levantou a voz contra os militares, defendendo os direitos humanos que eram violados através da tortura, prisão e expulsão do país. Exerceram papel importante na defesa dos perseguidos pelo regime: a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), podendo destacar alguns bispos como Dom Hélder Câmara, Dom Evaristo Arns, Dom Pedro Casaldáliga e outros; a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), sindicatos, pastorais e movimentos sociais. Isso aconteceu graças à renovação da Igreja a partir do Concílio Vaticano II, do desenvolvimento das Comunidades Eclesiais de Base (CEB’s) na América Latina e das organizações civis de base com grande repercussão no Brasil. A abertura política, após duas décadas de ditadura, firmou a participação do povo na escolha do presidente da república. A democracia participativa consciente ainda permanece como um desafio e ao mesmo tempo como esperança.

Palavras-chave


Golpe Militar; Igreja Católica; Direitos Humanos; Renovação eclesial.

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DOI: http://dx.doi.org/10.52641/cadcaj.v3i3.239

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