RETRATO FALADO DO PROFESSOR: discursos que fabricam subjetividades docentes
Resumo
: Este trabalho tem como objetivo investigar a produção de subjetividade docente dos graduandos do curso de pedagogia da Universidade Federal do Pará, Campus de Altamira/PA, a partir de discursos e seus jogos de verdade que fabricam identidades docentes. Entendendo que os discursos que produzem as subjetivações docentes são variados e são interpelados por diferentes artefatos, decidiu-se fazer um recorte em artefatos midiáticos disponibilizados nas plataformas Facebook, Youtube, Google. Além de destacar alguns desses discursos que atravessam a subjetivação docente, apresentaremos falas dos licenciandos que revelam uma naturalização desses discursos pelos graduandos. Dentre estes recortes, surgiram dois tipos de professores fabricados: mísero e messiânico. O primeiro sempre é tido como o coitado, principalmente no sentido de depreciar a profissão docente, o segundo coloca-se num lugar messiânico, o qual tem o poder nas mãos para salvar o mundo. Estas problematizações se dão por percalços relevantes, pois se sabe que nestes discursos estão contidos definições e modos de ser professor.
Palavras-chave
Texto completo:
PDFReferências
BRITO, I. B. Ser professor de ciências e matemática: regimes de verdade e processos de subjetivação. 2015. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Pará.
BRITO, M. R. O Devir-Mulher De “Orlando” De Virginia Woolf: Uma Leitura Por Estilhaços. ALEGRAR. 2014, v. 2, p. 115-126.
CHAVES, S. N.. Um currículo para despertar adultos e adormecer crianças. In: CHAVES, Sílvia N.; SILVA, Carlos Aldemir F.; BRITO, Maria R.. (Org.). Cultura e Subjetividade: Perspectivas em Debate. 1ed.São Paulo: Editora Livraria da Física, 2016, v. 1, p. 215-226.
DELEUZE, G; PARNET, C. Diálogo. São Paulo: Escuta, 1998.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil Platôs. Vol. 3. São Paulo: Ed. 34, 2012.
FISCHER, R. M. B. O dispositivo Pedagógico da Mídia: modos de educar na e pela TV. Educação e Pesquisa, São Paulo, v 28, n. 1, p. 151-162, jan./jun. 2002.
FOUCAULT, M. A Arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense, 2012.
FOUCAULT, Ml. Ordem do discurso (A). Edições Loyola, 1996.
GARRÉ, B. H. O Dispositivo da Educação Ambiental: modos de constituir-se sujeito na revista Veja. 2015.
GONZÁLEZ REY, F. L. O valor heurístico da subjetividade na investigação psicológica. In: REY, F. L. G. (Org.) Subjetividade, complexidade e pesquisa em psicologia. São Paulo: Thompson Learning. p. 27-51, 2005.
PARAÍSO, M. A. Política da subjetividade docente no currículo da mídia educativa brasileira. Educação & Sociedade, v. 27, n. 94, p. 91-115, 2006.
PARAÍSO, M. A. Metodologias de pesquisas pós-críticas em educação e currículo: trajetórias, pressupostos, procedimentos e estratégias analíticas. Metodologias de pesquisas pós-críticas em educação. Belo Horizonte: Mazza Edições, p. 23-45, 2012.
PELBART, P. P. A vertigem por um fio. São Paulo: Iluminuras, 2000.
SANTOS, H. S. S; BRITO, M. R.; SILVA, C. A. S. . Processos de subjetivação no ensino de ciências: a sexualidade para além do sexo biológico no desenho animado 'os pinguins de madagascar'. Revista de Ensino de Biologia da Associação Brasileira de Ensino de Biologia (SBEnBio), v. 9, p. 4878-4887, 2016.
SILVA, C. A. S.; COSTA, D. W. S. Construção de novos olhares a partir do cinema: encenando novas educações, sexualidades e des-gêneros. Diversidade e Educação, v. 5, n. 1, p. 42-50, 2017.
SILVA, T. T. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. In: Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. 1999.
DOI: http://dx.doi.org/10.52641/cadcaj.v3i3.203
Apontamentos
- Não há apontamentos.
Direitos autorais 2018 MARIA DAS GRAÇAS MOURA SANTOS, DHEMERSSON WARLY SANTOS COSTA, CARLOS AUGUSTO SILVA SILVA
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
ISSN: 2448-0916.
______________________________________________