A CRÍTICA NIETZSCHIANA AOS ERUDITOS E A SUA PEDAGOGIA DEGENERADA NO GYMNASIUM ALEMÃO

Tiago Xavier

Resumo


O presente trabalho pretende mostrar que com a multiplicação dos estabelecimentos de ensino na Alemanha do século XIX, o ensino emancipador, tão importante para combater os pensamentos rasteiros, impróprios para o voo, foi perdendo espaço para um saber científico, utilitário (lucrativo), destruindo as raízes das forças mais elevadas e mais nobres da cultura alemã, subvertendo a ordem natural no reino do intelecto. Diante de toda essa decadência, Nietzsche aparece como crítico, iconoclasta e intempestivo que reivindica a golpes de martelo uma renovação e purificação destes estabelecimentos, abrindo espaço para que as forças mais sadias vindas da antiguidade clássica (Greco-romana) dessem as armas necessárias para a peleja contra a barbárie que se cristalizava em seu tempo. 


Palavras-chave


Nietzsche; Erudito; Cientificismo; Educação; Cultura; Gênio.

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DOI: http://dx.doi.org/10.52641/cadcaj.v3i1.175

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