A SYNESIS COMO FORMA DE COMPREENSÃO

Francisco das Chagas Amorim de Carvalho

Resumo


Gadamer, quando estuda o sentido da philia para os gregos, constata que o modo como concebiam a amizade conduzia a uma ética da solidariedade, diferente da que se tem praticado. O hermeneuta, com a função de ser intérprete e transitar entre mundos, que razões tem para alcançar a harmonia entre o reconhecimento e a estranheza? Para Eugênio Trias, a própria condição humana o beneficia com uma razão fronteiriça, daí a pertinência da razão poética e diferentes lógicas. Hoje, quando se apela para a empatia, este valor não pode ser considerado outro dever, se os valores são sentidos, mais que intuição intelectual, a compreensão exige intuição afetiva. Esta arte da compreensão é apresentada com o termo synesis no diálogo Ion de Platão e na Etica Nicomáquea de Aristóteles, e tem origem nos pitagóricos, afirmam María Zambrano e Gadamer. Para a compreensão [synesis], mais que educação das ideias, é vital a educação dos sentidos.


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DOI: http://dx.doi.org/10.52641/cadcaj.v5i2.388

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