O tempo e a expressão da alteridade nos fundamentos para uma biologia filosófica de Hans Jonas

Marcia Cristina Fixel Oliveira Cunha

Resumo


Como habitantes da nave Terra em um momento histórico em que o ser humano ou esquece-se de deslumbrar-se com o fato de estar vivo, em atos de consumo que extrapolam e agridem tanto sua necessidade quanto a sua liberdade de viver, ou relaciona-se de forma desmembrada com o fenômeno da vida, desconectando-se da interdependência entre sua alma e seu corpo, e o profundo envolvimento que este binômio mantém com toda a sua vizinhança concreta e sutil, pode ser instigador nos depararmos com um pensamento, como o do filósofo alemão Hans Jonas, que procura resgatar e atualizar os princípios da vida. Ao fazer isso, acusa colateralmente o nosso atual mergulho nos princípios da morte como parâmetro equivocado para o viver. Aluno de Martin Heidegger e seguidor da tradição hilemórfica de Aristóteles, Jonas afirma que na mais elementar expressão do orgânico, a dimensão espiritual está presente, assim como o orgânico permanece nas mais elevadas expressões do espírito. É nesta complexa e, para ele, indissociável relação entre corpo e espírito que este filósofo irá percorrer sua investigação. De acordo com o sentido natural das investigações aristotélicas sobre a alma como princípio de movimento ter recaído em um estudo sobre o comportamento humano, Jonas também irá se deparar, como efeito colateral dos seus estudos, com a necessidade de alertar para a ética. E a ênfase da sua ética está em um voltar-se para o futuro. O futuro como um conceito intrínseco ao fenômeno da vida. Procuraremos com nossa breve apresentação passar por alguns dos principais conceitos com que Jonas trabalha esta relação entre corpo, espírito, princípio vida e ética.

Palavras-chave


Matéria; Alma; Princípio Vida; Hans Jonas.

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Referências


JONAS, Hans. O Princípio Vida: Fundamentos para uma Biologia Filosófica. Petrópolis: Vozes, 2004.

MORRIS, Desmond. O macaco nu: um estudo do animal humano. Rio de Janeiro: Record, 1996.




DOI: http://dx.doi.org/10.52641/cadcaj.v2i2.153

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